O cooperativismo de crédito surgiu oficialmente no Brasil há 119 anos no município de Nova Petrópolis, no Rio Grande do Sul. O setor cresceu de lá para cá, mas esse crescimento se acelerou nos últimos anos impulsionado por medidas do Banco Central que visam promover a inclusão financeira no país. Uma das metas da Agenda BC# é expandir o cooperativismo de crédito. Isso é percebido pelo crescimento de 9,4% no número de associados das cooperativas de crédito de 2019 a 2020, mesmo com a pandemia de Covid-19.
Além disso, de 2016 a 2020, a carteira de crédito das cooperativas de crédito cresceu de 2,74% do total do Sistema Financeiro Nacional para 5,1%. O boxe “Crescimento das cooperativas de crédito”, do Relatório de Economia Bancária do Banco Central, traz esses e outros dados sobre o setor.
Os associados encontram nas cooperativas de crédito os principais serviços disponíveis nos bancos, como conta-corrente, aplicações financeiras, cartão de crédito, empréstimos e financiamentos.
Para estimular o crescimento do setor, os Analistas do Banco Central têm papel fundamental no aprimoramento da regulamentação e no monitoramento. Essa atuação busca levar aos cidadãos serviços financeiros cada vez melhores, com ofertas de crédito atrativas e taxas competitivas.
O cooperativismo de crédito também ajuda as pequenas empresas, pois as taxas de sucesso na obtenção de crédito junto às cooperativas são maiores do que junto ao setor bancário.
A capilaridade das cooperativas de crédito, que ampliaram sua presença no país durante a pandemia, é bem-vinda pois leva soluções financeiras para localidades menos assistidas. Além de não possuir fins lucrativos, as cooperativas acolhem todos os perfis de clientes, que estão em busca de taxas menores e de uma relação diferente com a instituição, à medida em que os associados também são donos da cooperativa. Um exemplo da grandeza do setor é o Sicoob, maior instituição do segmento, que cresceu 6% em 2020, abrindo 197 novas agências. Agora, o Sicoob é a segunda instituição com mais agências físicas no Brasil – 3.480 -, atrás apenas do Banco do Brasil, que possui 4.400 unidades. A força das cooperativas também é percebida na sua capacidade de ampliação. O Sicredi, segunda maior cooperativa financeira do Brasil, abriu 150 novos pontos durante a pandemia e projeta abrir mais 250 ainda este ano.