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Agenda de sustentabilidade do BCB. Um avanço para o Brasil.

O Banco Central do Brasil foi pioneiro no tema sustentabilidade. Graças à visão dos gestores e o intenso trabalho dos Analistas do BCB, em 2014 foi lançada a Resolução nº 4.327, que dispõe sobre as diretrizes de Política de Responsabilidade Ambiental que devem ser observadas pelas instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central. Foi uma das primeiras normas voltadas para a sustentabilidade na área financeira em todo o mundo.

De lá para cá, houve o monitoramento constante das políticas e ações implementadas pelas instituições do Sistema Financeiro Nacional relativas à sustentabilidade.

No ano passado, o tema retornou ao foco estratégico do BCB com grande força. Em setembro, o Banco Central do Brasil incluiu a dimensão sustentabilidade na agenda BC#, que é uma pauta centrada na evolução tecnológica para desenvolver questões estruturais do sistema financeiro. A iniciativa de incluir esta nova dimensão tem como objetivo promover finanças sustentáveis, considerando os riscos socioambientais e climáticos, bem como integrando as variáveis sustentáveis no processo de tomada de decisões das instituições financeiras.

O Banco Central entende que sustentabilidade e produtividade não são excludentes. Pelo contrário, a adoção de práticas sustentáveis pode aumentar a eficiência, a produtividade e a geração de valor.

As iniciativas relacionadas à sustentabilidade no Banco Central incluem 5 áreas:

1) Responsabilidade Socioambiental do BCB

– Fortalecimento da cultura de sustentabilidade.

– Inclusão do tema no Museu da Economia.

– Redução do impacto ambiental nos processos de meio circulante.

– Revisão da Política de Responsabilidade Social do BCB.

– Implementação das recomendações da Task Force on Climate – related Financial Disclosures (TCFD), da qual o BCB é instituição apoiadora.

– Gestão integrada de riscos do BCB.  

2) Parcerias: buscam troca de informações e experiências com outras instituições de bancos centrais do mundo.

– Entrada do BCB para o Network for Greening the Financial System (NGFS).

– Memorando de entendimento com a Climate Bonds Initiative (CBI). 

3) Políticas

– Criação de linha financeira de liquidez sustentável.

– Reservas internacionais com critérios de sustentabilidade.

4) Supervisão

– Estruturação e ampliação da coleta de informações sobre riscos socioambientais.

– Monitoramento de riscos climáticos e testes de estresse.

5) Regulação

– Gestão dos riscos socioambientais pelas instituições financeiras – Aprimoramento da regulação (Resolução CMN 4.327/2014).

– Ampliação da transparência com base nas recomendações da TCFD.

– Criação do Bureau Verde do crédito rural, resultando em processos de certificação mais rápidos e acessíveis e criando selos/notas de aderência ao critério de sustentabilidade.

– Estabelecimento de incentivos para o crédito rural verde.

A pandemia da Covid-19 sem dúvida influenciou na visão da economia sobre o tema sustentabilidade. Não apenas no Brasil, mas em todo o planeta. Com o objetivo de integrar esta agenda em escala global, o Branco Central promoveu debates com participantes do mercado financeiro para encontrar soluções para este desafio.

O fato é que tudo está conectado. Secas, enchentes, altas temperaturas, desastres naturais influenciam os preços e a economia. Além de afetarem a vida humana diretamente, mudanças ambientais também põem em risco o sistema financeiro, impactando em questões estratégicas como a moeda e o valor de bens e serviços. Por isso, a nova dimensão Sustentabilidade da Agenda BC#, que é dinâmica e abrangente, nasce com o objetivo de responder a todos esses desafios contemporâneos.

Os Analistas do Banco Central têm papel fundamental na formulação e implementação das ações de todas as dimensões do BC#, inclusive a Sustentabilidade. Mais do que isso, os Analistas têm uma importância decisiva para ações pioneiras do BCB, como a resolução 4.327, que colocou o Brasil na vanguarda da pauta de sustentabilidade financeira, e que agora, no primeiro trimestre deste ano, será revisada e atualizada.

Com um trabalho sério, dedicado e articulado com órgãos nacionais, internacionais e com outros bancos centrais, os Analistas cumprem o seu propósito de construir um futuro melhor para o país.